O que se aprende é o que faz sentido

 É assim que penso e pratico o processo educativo


Quando iniciei meu trabalho na docência na faculdade, eu tinha muito viva as minhas memórias do período em que fui aluno. Eu havia emendado o curso de Jornalismo ao curso de Publicidade e, em seguida, o mestrado em Comunicação. Em 9 anos, eu havia acumulado duas graduações e uma pós-graduação stricto sensu.

Essas memórias foram fundamentais para dar forma ao que penso sobre o ensino e a maneira com a qual atuo como docente. 

Ao longo da minha trajetória como professor, tenho refletido sobre a importância de transformar o aprendizado em uma experiência significativa para os alunos. Em vez de focar apenas no conteúdo que ensino, o que realmente me interessa é o que o aluno aprende e como isso reverbera em sua vida pessoal e profissional.

Nas minhas aulas, acredito que o conhecimento precisa ser vivenciado e colocado à prova. Mas, não prova no sentido de perguntas e respostas. Proponho desafios práticos e aplicados para que os alunos possam errar, refletir e corrigir, confrontando suas ideias com a realidade. Na minha opinião, esse processo os fortalece, pois o erro, para mim, não é um fim, mas um começo – uma oportunidade de construção de significados para o conhecimento.

Infelizmente, eu não estudei pedagogia, mas li bastante a respeito e entendo que essa visão que eu tenho sobre o ensino dialoga com as ideias de educadores como Paulo Freire, que enxergava o aluno como um sujeito ativo no processo educacional. A educação precisa ser dialógica, significativa e crítica, onde o aluno é um protagonista e o aprendizado tem relevância para sua vida e para a sociedade.

Da mesma forma, também dialoga com Jean Piaget, que propõe que que o aluno construa seu próprio conhecimento através de interações com o mundo e com os outros. Isso se alinha com a ideia de os alunos aprenderem ao experimentar, errarem e corrigirem.

A minha ideia é que o aluno sempre tenha segurança naquilo que ele aprende e experimenta na sua vida pessoal e profissional. Ele precisa ganhar confiança no seu aprendizado. 

Não se trata de "ensinar", mas de facilitar o caminho para que o aluno possa construir seu próprio saber. Essa abordagem, que valoriza a prática e a autonomia, tem me mostrado que o aprendizado vai muito além da sala de aula – ele tem o poder de transformar as pessoas e os contextos em que essas pessoas atuam.

Por isso, eu digo que acredito no poder transformador da educação, sempre para melhor!

Sempre busco esse equilíbrio entre o saber técnico e o desenvolvimento do ser humano. A propósito, antes do profissional tem o ser humano. Então, para mim, o que vale mesmo é o impacto que o conhecimento gera nas suas vivências, sejam elas profissionais ou pessoais.

Foi assim que organizei os PPPCs (Projetos Políticos e Pedagógicos de Curso) que produzi, pensei a interdisciplinaridade nas atividades acadêmicas nos cursos sob minha coordenação, no trabalho integrado de professores e alunos e, é claro, nas minhas próprias aulas.

Em breve, compartilharei aqui alguns materiais que produzi ao longo do tempo na minha carreia docente e que ajuda a ilustrar um pouco esse trabalho. 







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